terça-feira, 23 de dezembro de 2014

A Roupa de Natal


              Você certamente já ouviu falar nela. Pronunciada por todos, tida por alguns e nem pensada por muitos. Em recente diálogo com alunos na sala de aula, ela surgiu. Apareceu mais rápido do que um flanelinha na hora que o carro vai sair. Surgiu com maior importância do que o Natal e, talvez, mais lembrada do que o próprio Jesus. Ela desperta calorosas discussões: já comprou? vai comprar? quando irá comprar? de marca?
            Que o espírito natalino já não se faz presente há muito tempo, isso já se sabe. Que as “confraternizações” não passam de meras festas, isso já se sabe. Que quase já não há mais abraços ou apertos de mãos, isso também já se sabe.
            Se houve todas essas mudanças ao longo do tempo, por que perdura até agora essa velha história da Roupa de Natal? Se surgiram celulares, smartphones, internet, facebook, twitter, iphone, ipad, ai tudo... por que ela ainda é tão falada e desejada?
           Ainda dá tempo para pedir: “Aí meu Deus, que os aípodes, os aipedes e os aitudos não sejam mais importantes do que as relações”. Os aipodes existem, assim como há muitos que não podem é nada. Os aipedes existem, assim como há muita gente pedindo nesse momento.
          As felicitações, podem ser pelas redes sociais, mas nada é melhor do que as redes corporais.
          As roupas, podem ser de marcas, mas nada melhor do que deixar a sua própria marca.
          Espero que o oceânico desejo de aquisição desta sonhada criatura, a roupa de natal, deixe pelo menos uma gota de espaço para lembrar que ela, a roupa de natal, só existe por causa dele: o Natal, que existe, por causa dele: JESUS.
BGino....