terça-feira, 23 de dezembro de 2014

A Roupa de Natal


              Você certamente já ouviu falar nela. Pronunciada por todos, tida por alguns e nem pensada por muitos. Em recente diálogo com alunos na sala de aula, ela surgiu. Apareceu mais rápido do que um flanelinha na hora que o carro vai sair. Surgiu com maior importância do que o Natal e, talvez, mais lembrada do que o próprio Jesus. Ela desperta calorosas discussões: já comprou? vai comprar? quando irá comprar? de marca?
            Que o espírito natalino já não se faz presente há muito tempo, isso já se sabe. Que as “confraternizações” não passam de meras festas, isso já se sabe. Que quase já não há mais abraços ou apertos de mãos, isso também já se sabe.
            Se houve todas essas mudanças ao longo do tempo, por que perdura até agora essa velha história da Roupa de Natal? Se surgiram celulares, smartphones, internet, facebook, twitter, iphone, ipad, ai tudo... por que ela ainda é tão falada e desejada?
           Ainda dá tempo para pedir: “Aí meu Deus, que os aípodes, os aipedes e os aitudos não sejam mais importantes do que as relações”. Os aipodes existem, assim como há muitos que não podem é nada. Os aipedes existem, assim como há muita gente pedindo nesse momento.
          As felicitações, podem ser pelas redes sociais, mas nada é melhor do que as redes corporais.
          As roupas, podem ser de marcas, mas nada melhor do que deixar a sua própria marca.
          Espero que o oceânico desejo de aquisição desta sonhada criatura, a roupa de natal, deixe pelo menos uma gota de espaço para lembrar que ela, a roupa de natal, só existe por causa dele: o Natal, que existe, por causa dele: JESUS.
BGino....

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Poesia "GINOSOU"

HOMENAGEM de hoje,14 de outubro de 2014.....pelo dia do PROFESSOR
Estou aqui para contar
A história de um querido professor
Que nos mostrou que ensinar
Requer muita dedicação e amor
Quando o conheci, cismei de primeira
Imaginei um professor chato
Que não dava bobeira
Até que o tempo foi passando
E ele me surpreendeu
Tive que reconhecer
O excelente professor que a vida me deu
Sua maneira de ensinar
É criativa e diferente
Nos ensina brincando
E o melhor é que a gente aprende
Ele consegue enxergar em cada um
Um talento que a gente desconhece
Vai ver é faro de professor
Coisa de gente que conhece
Nos ensina que ter medo de errar
É a pior maneira de se viver
Pois é errando que se aprende
E a tentativa nos faz vencer
Ele detesta o silêncio
Nos exige muito falar
Porque a base de tudo
É pensar e questionar
Suas aulas fogem
Do método tradicional
Apesar dos trabalhos e provas
Conhece nossa capacidade individual
Tem umas manias bizarras
Já até dançou quadradinho de oito
Fala: Só que não, a toda hora
Esse cara é muito doido
Dono de um carisma contagiante
E de uma humildade que nos enriquece
Ele é muito gente boa
Só sabe quem o conhece
Receba esta homenagem
Como uma maneira singela
Para ti agradecer
Por tudo que contigo
Pude aprender
Esse é GINOSOU
Um excelente professor
Que com muita sabedoria
Nossas vidas marcou!
Aluna: Alexya Lynhares, 301

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

PEDRA DA MORTE

             O crack é preparado a partir da extração de uma substância alcaloide da planta Erythroxylon coca, encontrada na América Central e América do Sul. Chamada benzoilmetilecgonina, esse alcaloide é retirado das folhas da planta, dando origem a uma pasta: o sulfato de cocaína. Chamada, popularmente, de crack, tal droga é fumada em cachimbos.
  Cerca de cinco vezes mais potente que a cocaína, sendo também relativamente mais barata e acessível que outras drogas, o crack tem sido cada vez mais utilizado, e não somente por pessoas de baixo poder aquisitivo, e carcerários, como há alguns anos. Ele está, hoje, presente em todas as classes sociais e em diversas cidades do país. Assustadoramente, cerca de 600.000 pessoas são dependentes, somente no Brasil.
  Tal substância faz com que a dopamina, responsável por provocar sensações de prazer, euforia e excitação, permaneça por mais tempo no organismo. Outra faceta da dopamina é a capacidade de provocar sintomas paranoicos, quando se encontra em altas concentrações.
Perseguindo esse prazer, o indivíduo tende a utilizar a droga com maior frequência. Com o passar do tempo, o organismo vai ficando tolerante à substância, fazendo com que seja necessário o uso de quantidades maiores da droga para se obter os mesmos efeitos. Apesar dos efeitos paranoicos, que podem durar de horas a poucos dias e pode causar problemas irreparáveis, e dos riscos a que está o sujeito; o viciado acredita que o prazer provocado pela droga compensa tudo isso. Em pouco tempo, ele virará seu escravo e fará de tudo para tê-la sempre em mãos. A relação destas pessoas com o crime, por tal motivo, é muito maior do que em relação às outras drogas; e o comportamento violento é um traço típico.
 Neurônios vão sendo destruídos, e a memória, concentração e autocontrole são nitidamente prejudicados. Cerca de 30% dos usuários perdem a vida em um prazo de cinco anos – ou pela droga em si ou em consequência de seu uso (suicídio, envolvimento em brigas, “prestação de contas” com traficantes, comportamento de risco em busca da droga – como prostituição, etc.). Quanto a este último exemplo, tal comportamento aumenta os riscos de se contrair AIDS e outras DSTs e, como o sistema imunológico dos dependentes se encontra cada vez mais debilitado, as consequências são preocupantes.
  O crack, além de destruir famílias e sonhos, assim como as drogas em geral, também degenera todas as funções nervosas e fisiológicas do usuário. Mesmo sabendo disso, milhares de pessoas no mundo e ao longo da história usam e usaram tais entorpecentes. O verbo "usar" será conjugado no futuro do presente por muitas vezes, pois, sem medidas cabíveis, a sociedade usará tal droga por um longo tempo até que surja algo mais potente ou letal.
  É notório que a droga mais barata e, portanto, mais acessível seja o crack. Enfatizar tal droga não é exagero já que com um efeito de 5 a 10 minutos causa uma dependência muito mais rápida, levando o usuário a ser uma espécie de zumbi ao inibir a fome e onde o usuário possui somente um pensamento: o da próxima pedra a ser fumada.
  Pôr a responsabilidade apenas no governo ou na sociedade em geral é fácil, o difícil é o comprometimento que cada indivíduo deve ter em relação a tal assunto, afinal um usuário pode ser um filho, um irmão, um pai ou até mesmo você.
  Superar o vício não é fácil e requer, além de ajuda profissional, muita força de vontade por parte da pessoa, e apoio da família. Há pacientes que ficam internados por muitos meses, mas conseguem se livrar dessa situação.



quinta-feira, 25 de setembro de 2014

TRAGÉDIA CARCERÁRIA

    Pedrinhas, que contava com uma superpopulação de 2.186 detentos (mais de 400 além de sua capacidade de 1770) não é exceção no cenário brasileiro. O Brasil, que possui a terceira população carcerária do mundo e cujo índice de crescimento do número de encarcerados é o maior verificado atualmente, possui como marca a superlotação generalizada de suas unidades prisionais, acrescido de um sem limite de precariedades institucionais.
  Negros compõem 60% da população carcerária brasileira, 58% são de jovens entre 18 e 29 anos e 77% não passaram do ensino fundamental, o que mostra o presídio como verdadeiro mecanismo de detenção criminalização da população pobre, jovem e negra. Nesse sentido, cabe ressaltar a dificuldade dos mais pobres em ter acesso à assistência jurídica, quadro que também concorre para a ocorrência de rebeliões internas com vistas a exigir melhores condições para o cumprimento das penas.
 A tragédia em pedrinhas adquire também contornos especialmente diferenciados por se tratar do Maranhão. Esse estado possui o segundo pior Índice de Desenvolvimento 
Humano (IDH), a menor expectativa de vida e as mais altas taxas de mortalidade infantil dentre todos os estados brasileiros. Dentre as principais causas para tamanha tragédia social, podemos destacar o fato de que ele é governado desde 1965 por uma oligarquia liderada pelo ex-presidente da República José Sarney. Mesmo com a derrota eleitoral daquele grupo em 2006 para Jackson Lago, o grupo oligarca conseguiu se manter no poder a partir da cassação do então governador pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) num processo político totalmente questionável.
      
     A partir do problema exposto, aponte sua Tese, acrescida de Argumentos e Proposta de intervenção, respeitando os direitos humanos.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

ÁGUA: ESCASSEZ NA ABUNDÂNCIA

Mais da metade dos municípios brasileiros podem ficar sem água em 2015, segundo a Agência Nacional

     Dono do maior potencial hídrico do planeta, o Brasil corre o risco de chegar a 2015 com problemas de abastecimento de água em mais da metade dos municípios. O diagnóstico está no Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água, lançado ontem pela Agência Nacional de Águas (ANA). O levantamento mapeou as tendências de demanda e oferta de água nos 5.565 municípios brasileiros e estimou em R$ 22 bilhões o total de investimentos necessários para evitar a escassez.
     Considerando a disponibilidade hídrica e as condições de infraestrutura dos sistemas de produção e distribuição, os dados revelam que em 2015, 55% dos municípios brasileiros poderão ter déficit no abastecimento de água, entre eles grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e o Distrito Federal. O percentual representa 71% da população urbana do país, 125 milhões de pessoas, já considerado o aumento demográfico.
       De acordo com o levantamento, as regiões Norte e Nordeste são as que têm, relativamente, os maiores problemas nos sistemas produtores de água. Apesar de a Amazônia concentrar 81% do potencial hídrico do país, na Região Norte menos de 14% da população urbana é atendida por sistemas de abastecimento satisfatórios. No Nordeste, esse percentual é de 18% e a região também concentra os maiores problemas com disponibilidade de mananciais, por conta da escassez de chuvas.
  Pesquisa divulgada pela organização não governamental WWF-Brasil revela que é grande o desperdício de água entre os brasileiros. “Mais de 80% dos brasileiros consultados em 26 estados da Federação reconheceram que vão ter problemas de abastecimento de água no futuro e, desses, 68% reconheceram que o desperdício de água é a principal causa desse problema”, disse o coordenador do Programa Água para a Vida da WWF-Brasil, Glauco Kimura de Freitas.

Expresse sua opinião sobre o Tema, apresentando sua tese, argumento e  proposta de intervenção.
   

segunda-feira, 28 de julho de 2014

VIOLÊNCIA NA JUVENTUDE

            A violência, em todos os aspectos, para a sociedade é ruim e só trás prejuízos e pontos negativos no que diz respeito à imagem de tal localidade ou região.
  Sabemos que pobreza não é significado de violência, mas infelizmente são nestes locais que ocorrem muitos casos de violência de filhos contra os pais por exemplo. Também sabemos que mesmo os filhos de pais ricos, ou de classe média, sem motivo aparente para serem violentos, também o são.
  Falar sobre violência, principalmente na juventude, parece fácil mais não é pelo menos é o que eu acho. Os jovens de hoje em dia são extremamente violentos e perigosos, muitos não tem perspectiva de vida e já nascem em lares onde os pais são traficantes e as mães prostitutas e têm outra visão do que é certo e errado.
  Apesar de que muitos dos casos violência de jovens em que vemos na TV quase todos os dias são de jovens, filhos de rico ou de classe média que aparentemente não precisariam ser tão agressivos.
  Casos de jovens que vivem em países desenvolvidos e com a educação avançada simplesmente matam pessoas em escolas, cinemas com armas pesadas e depois tiram sua própria vida, talvez por decepções amorosas ou humilhações sofridas no seu dia-a-dia.
  Assunto bem polêmico, mas muito bom de ser debatido, pois é algo que o educador terá de enfrentar nas escolas, independente de ser ela pública ou particular. O combate a violência e agressividade começam em casa com a educação dos pais, e depois continua na escola com os educadores.
  Se a juventude é o futuro do Brasil, temos que educá-los desde cedo, para que amanhã o Brasil não seja um país violento.
            Opine sobre o tema, defendendo sua ideia com argumentos coerentes, apresentando em seguida alguma sugestão para solucioná-lo.

domingo, 13 de julho de 2014

CAMPEÕES DA BOLA E DA SIMPATIA

      Além de campeões do Mundial 2014 de futebol, os jogadores alemães conquistaram no Brasil outro título, a da seleção mais carismática, que conseguiu conquistar os anfitriões com respeito e carinho à cultural local, ganhando a simpatia de todos.
  Os estereótipos abarrotam nossa mente. Um deles define alemão como frio, contido, sem graça. Enfim, gente insossa e intragável. Conversa fiada. A alegria de criança que os jogadores da seleção da Alemanha esbanjaram, ao comemorar o quarto título mundial, destruiu preconceitos e serviu como fecho de ouro para o comportamento extraordinário, dentro e fora de campo, que tiveram durante a aventura no Brasil.
  Os germânicos trabalharam e se divertiram na Copa. Não se enclausuraram, interagiram com o povo, seja em Santa Cruz Cabrália – a base da concentração –, seja nos deslocamentos pelo País. Não empinaram o nariz, apreenderam o espírito da terra, relaxaram com o sol. Foram felizes.
  A felicidade da trupe de Joachim Löw refletiu-se no futebol que exibiu em sete desafios. Nem sempre impecável como no atropelamento contra o Brasil, mas regularmente eficiente. Sóbrio sem ser maçante, solto sem flertar com o desleixo, criativo sem beirar a insolência, duro sem exaltar a violência e a covardia.
  O título alemão, ao contrário, não caiu do céu, não foi desejo dos “deuses do futebol”, imagem tão desgastada quanto a de meninos a chorar nas arquibancadas. A quarta estrela será cosida na camisa como prêmio ao planejamento e a ideias arejadas.
  Os alemães há quase uma década preparam guinada na maneira de jogar. Se antes era pragmática, agora é também bonita. A habilidade, a ousadia, os passes bem feitos, os dribles foram levados em conta. 
  Felizmente, tive o prazer de vê-los jogar. Agora, só nos resta cumprimentar os alemães, que têm feito um grande bem para o futebol.





quinta-feira, 19 de junho de 2014

LÍDER DE SI

       “Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, pois o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, ao passo que o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.”  Willian Shakespeare
 
        O desejo de conquistar e chegar cada vez mais longe é condição fundamental para o ser humano estar sempre motivado e impulsionado a viver. Viver bem, bem e cada dia melhor. Assim, o futuro passa a ser construído com cada pedra que se faz presente no hoje. Logo, é necessário estarmos dispostos a encarar os fantasmas que nos assustam cotidianamente, como: o medo do novo, vergonha de falar em público, aversão à tecnologia e a incapacidade de manter relações.
        






A partir do momento em que acreditarmos que somos capazes, que somos fortes e que temos valor, como diz Shakespeare, encontraremos mais forças para irmos mais adiante. Pois o Grande Homem nos dotou de imensas capacidades, cabe a nós tirarmos o máximo que pudermos de dentro e mostrarmos o que realmente somos e queremos.

    








     A missão a mim concedida, repassar conhecimentos sobre a Língua Portuguesa, deu-me como retorno, um conhecimento e uma certeza: o conhecimento de pessoas superimportantes e capazes, que tem objetivos e vontades claras de crescimento; a certeza foi de que o grupo Mateus, por meio da ULMA, traça o caminho certo, que é primeiro preparar o Ser para depois Aparecer.

 


 




  




      

domingo, 15 de junho de 2014

PROFESSOR x ALUNO E A MOTIVAÇÃO

              Ao se falar em motivação no processo de aprendizagem escolar, é extremamente relevante salientar a relação professor x aluno, pois o modo como esse relacionamento se dá vai dimensionar e direcionar a questão da motivação.
       Um professor, consciente de seu papel, sabe que sua tarefa é orientar o aluno em seu aprendizado, tornando-o mais crítico, buscando sempre seu êxito e não seu fracasso. Sua relação com os alunos é uma relação profissional, que deve potencializar o aprendizado amplo, isto é, de conteúdo moral, ético, estético e outros, que inevitavelmente permeiam as aulas, ou como temas transversais, ou como assuntos que transcendam os currículos.
 O professor é um profissional como outro qualquer (do ponto de vista meramente trabalhista), mas tem uma função, uma “missão” que é o seu diferencial: ele exerce grande influência sobre a formação da personalidade e do caráter de seus alunos. Seu modo de lidar com eles, de interagir com a turma durante as aulas, vai transmitir-lhes muito mais do que o simples conteúdo das disciplinas e pode deixar marcas para o resto de suas vidas. Essas marcas podem ter um cunho positivo ou negativo.
O professor (conscientemente ou não) transmite valores, princípios, direciona a atenção do aluno para seus pontos de vista, suas preferências e opiniões. Na verdade, ele é um formador de opinião e esse é o lado político da educação.



 As relações feitas no primeiro período do ano foram de extrema importância para um melhor desenvolvimento no processo de ensino aprendizagem. 
   O prazer de ter estado ao lado de pessoas especiais foi super importante para mim. Pois todos tem o seu valor. 
     Espero ter sido compreendido em todas as ações e nos simples olhares. 
          Ficando por aqui. #BGino a todos!!!




 
 
 

quinta-feira, 5 de junho de 2014

LEI DA PALMADA

                  
       O novo projeto de lei que pretende proibir que adultos usem palmadas para punir as crianças e adolescentes está dando o que falar. Desde que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a proposta e a enviou ao Congresso, mães, pais, psicólogos, pedagogos e educadores têm se posicionado diante da possibilidade de aprovação da ideia.
       
          Michele Patrício do Nascimento tem uma filha de três anos e conta que já perdeu a paciência com a menina: "Uma vez, ela respondeu para mim. Eu dei uma bronca, falei firmemente com ela. Como não adiantou, coloquei-a de castigo, mas não bati". A vendedora se diz contra a violência e a favor de uma educação genuína, que vem de dentro dos lares.
       
      Porém, Michele não concorda que exista uma lei para proibir os pais de darem "palmadinhas" e "beliscões" em seus filhos. O problema, segundo ela, é que podem surgir denúncias exageradas de um vizinho que tenha visto uma criança chorando sem necessidade, por exemplo.
        
       Para uns, algo inconcebível na relação familiar, uma maneira arcaica de ensinar. Para outros, uma alternativa legítima dos pais, um método de educar os filhos, livre de danos físicos ou psicológicos. Poucos assuntos geram tanta controvérsia quanto dar ou não palmadas em crianças como forma de puni-las e mostrar o certo e o errado. Prova disso é um referendo nacional que ocorreu há duas semanas, na Nova Zelândia. Há dois anos, o país tornou a palmada crime. Além do tapa nas nádegas, outras formas de agressão - ditas brandas - contra crianças e adolescentes, como beliscões, chacoalhões e puxões de orelha, passaram a render ao agressor (em quase 90% dos casos, pais ou mães) o pagamento de multas, o encaminhamento a programas de reabilitação e até mesmo à prisão. A punição máxima é de seis meses de cadeia. Leis contra a palmada existem em 24 países (leia quadro), mas a da Nova Zelândia é a mais severa. O país possui um dos índices mais altos de violência contra menores entre as nações desenvolvidas.
        No Brasil, o assunto também divide opiniões. O designer gráfico Flávio Evangelista, 39 anos, e sua mulher, a administradora Keila, 32, são contra qualquer tipo de agressão física. O casal é pai de Pietro, de 2 anos, e é conhecido na escola do menino pela facilidade em dialogar com ele. "Tive uma educação severa, mas só apanhei uma vez do meu pai", diz Evangelista. "Não desejo a nenhum ser humano o que senti." Há os que acreditam na eficácia das palmadas em determinadas situações.

        O professor de filosofia Dante Donatelli, 45 anos, autor do livro "A Vida em Família - As Novas Formas de Tirania" e pai de cinco filhos, entre 10 e 25 anos, defende que, dos 3 aos 10, as crianças não são capazes de entender os argumentos paternos. "Qualquer pai que vê seu filho debruçado sobre a varanda não diz 'sai daí, meu lindo'", exemplifica. "Ele fica louco." Em casos como esse, Dante afirma que os pais devem deitar a criança sobre os joelhos e espalmar as nádegas. Para ele, só assim a criança entenderá a gravidade da situação. Dante, no entanto, diz que repudia qualquer outro tipo de agressão.

   A respeito deste tema, qual a sua opinião? Justifique.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Sexo na adolescência: amor ou moeda de troca?
  Muito se ouve: "As coisas mudaram e é normal os jovens terem a vida sexual deles". No entanto, essa normalidade e muito mais aceita na casa do vizinho. Ainda é difícil para a maioria das famílias lidar com a sexualidade do filho adolescente.
  Apesar de estarmos em pleno 2014, as dúvidas mais freqüentes e conflituosas ainda são dos pais das garotas. Afinal, existe uma idade mínima para se começar a ter relações sexuais de forma saudável? Como lidar com essa questão? 
  A iniciação sexual dos jovens vem ocorrendo em média por volta dos 14 anos. Mas alguns se iniciam com 11, 12 e (infelizmente muitas vezes antes disso), e também vamos encontrar os que se iniciarão com 15, 16, 18 ou mais.
  Não dá para dizer que exista uma idade correta, a psicóloga e educadora sexual afirma que uma iniciação sexual muito precoce, em geral, ocorre sem maturidade necessária para viver o sexo com responsabilidade. Daí o grande número de grávidas na adolescência, sem contar o enorme risco de doenças sexualmente transmissíveis e a imaturidade para encarar relacionamentos.
  Na maioria das vezes existem motivos específicos para a iniciação sexual, principalmente nas mulheres, entre eles:

1º) O mito do 'príncipe encantado', o grande amor eterno. Entregar-se sexualmente ainda costuma ser traduzido pelo mito da prova de amor.

2º) O medo de que se não ceder sexualmente poderá ser considerada(o) 'regulada'(o); Para os garotos muitas vezes há o medo de ser considerado gay e acabar perdendo alguém de quem gosta ou de alguém legal pra ficar.

3º) Querer perder a virgindade para se sentir mais 'respeitada'(o), mais adulta (o).

4º) Se iniciar para poder fazer parte do grupo dos 'que sabem', mesmo que essa iniciação seja algo sem desejo e afeto.

  A psicóloga tem uma preocupação especial com jovens que se mobilizem para a vida sexual pelos motivos 2, 3 e 4, pois são jovens que não vivem o respeito pessoal, em geral têm auto-estima rebaixada e vivem em busca de aprovação externa.
  Esses jovens conversam pouco sobre sua vida pessoal com os pais, ou com alguém mais maduro, ou às vezes têm como referência de vida, da própria família, a necessidade de ser aprovado pelos outros.
  Essa vulnerabilidade pode ser preocupante, pois sexo sem proteção; drogas; comportamentos marginais; tudo isso pode fazer parte das 'provas' para se fazer parte da turma ou ser aceito por ela.
       
                                                   Qual o melhor caminho a seguir?

UEMA - PAES 2015

                                                           U E M A
               Isenção da taxa do Paes 2015

           Estão abertas as inscrições para a isenção da taxa do vestibular da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), para o Programa de Acesso à Educação Superior (Paes), referente ao ano de 2015. A solicitação poderá ser feita até o dia 30 de maio, com o preenchimento do formulário eletrônico disponível no site. Acesse o link: ISENCÃO UEMA/2015

INSCRIÇÕES PARA O ENEM 2014

                                                       ENEM / 2014
Prazo para a Inscrição do ENEM 2014: Você pode se inscrever até o dia 23 de Maio. Já as provas acontecem no sábado dia 8 e domingo dia 9 de novembro.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

EM DIREÇÃO A UM FUTURO OU À MORTE?

             

           A recente notícia do acidente que resultou na morte de oito estudantes em Bacuri chama a atenção para uma prática comum no interior do Maranhão: o transporte escolar irregular. Diariamente, estudantes da zona rural, por exemplo, enfrentam o perigo e a falta de segurança dos caminhões, conhecidos como pau de arara, para chegarem à escola.
            Esse tipo de transporte é proibido para estudantes, mas para alunos da zona rural não há alternativa. Em todo Maranhão há centenas de caminhões pau de arara para atender a demanda de alunos.   
                “Eu me seguro no banco”, diz a estudante Francisca Késsia Lima, de apenas nove anos, que explica como viaja até a escola. Muitas vezes, os alunos chegam aos caminhões e não há mais bancos disponíveis, e por falta de opção, os estudantes enfrentam o perigo de ir em pé.

            Por causa dos buracos na estrada, o perigo de cair fora da proteção de madeira do caminhão, aumenta. “Uma menina deslocou o braço, uma vez. Quando ela estava descendo, acabou caindo”, conta o estudante Francisco Carvalho.
         Quando chove, quem usa o pau de arara como transporte só chega à escola molhado. Manter-se na escola, nestas condições, é muito mais difícil. “Eu gostaria de ter um transporte melhor. No inverno, é lama e, no verão, poeira. Seria bom um ônibus, para a gente ter mais segurança”, lamenta o estudante Raimundo da Silva.

        De quem é a culpa dessa situação e dessas mortes? O que deve ser feito?
   





sexta-feira, 18 de abril de 2014

O perigo da exposição nas redes sociais

          Qualquer um que tenha contato com jovens sabe que eles estão o tempo todo conectados à internet. Hoje, uma das cenas mais comum é ver um jovem teclando um celular conectado a uma rede social. Em questão de segundos, pronto! O (a) garoto (a) consegue se unir a milhares de pessoas que disparam ideias e imagens de toda parte do mundo.
    A internet é uma comunicação poderosa, um canal para conversar, trocar experiências, passar o tempo, conhecer pessoas e, por isso, tem sido tão frequente os casos nos quais os jovens se expõem de forma inconsequente.
     A exposição de partes íntimas do corpo ou a difusão de imagens em situação de erotismo pode deixar o adolescente em evidência de forma negativa, tornando-o alvo de bullying e cyberbullying, o que acaba por minar toda a estrutura psicológica da vítima por conta do constrangimento, da vergonha e do medo de ver sua imagem circulando indiscriminadamente pela rede.
           Uma adolescente de 16 anos cometeu suicídio na tarde da última quinta-feira, na cidade de Veranópolis, na serra gaúcha, depois que fotos em que aparecia com os seios à mostra se espalharam pelas redes sociais. A hipótese da polícia é que as imagens tenham sido captadas por uma webcam durante uma conversa com um ex-namorado, que também teria distribuído as fotos pela internet.
        O rapaz teria divulgado as imagens, captadas há cerca de seis meses, pelo Twitter e pelo Facebook no início da semana passada depois de terminar o relacionamento com a garota. Os dois eram colegas no segundo ano do ensino médio e terminaram o namoro há cerca de um mês. De acordo com as primeiras informações da polícia, a adolescente foi avisada por uma amiga sobre as fotografias. Ela foi encontrada morta em casa poucas horas depois.
        Há pouco mais de uma semana, uma jovem do Piauí, com a mesma idade, também se matou após saber que imagens de um ato sexual do qual participava tinham sido propagadas pelo aplicativo de smartphones “Whatsapp”.
  O que você pensa sobre o Tema?  Há solução?



sábado, 5 de abril de 2014

MOBILIDADE URBANA

                 A qualidade de vida, principalmente, de um trabalhador que necessita  utilizar o transporte público e as vias de acesso, diariamente, tem sido alvo de debate em todo mundo. Como uma cidade pode crescer, gerar renda, emprego e, ao mesmo tempo renovar suas estruturas de transporte?
            Esse desafio ganhou um termo, a “mobilidade urbana”, uma das principais questões das cidades de todo o mundo, e interfere diretamente sobre o acesso a diferentes pontos das cidades (incluindo o local de trabalho), aos serviços públicos e ao meio ambiente. Durante o século XX, o uso do automóvel foi uma resposta eficaz para se ter autonomia na mobilidade diária, mas, no início do século XXI, o aumento dos engarrafamentos nas grandes cidades tem gerado a necessidade de pensar em novas alternativas de transportes sustentáveis para o meio ambiente, para a economia e para a sociedade.
            Hoje, com o crescimento da população, da maior oferta de carros e do inchaço urbano, ter um carro não é mais sinônimo de autonomia, velocidade e conforto. Ficar parado num trânsito se tornou uma perda de tempo e de qualidade de vida.
            Nos últimos dez anos, a frota de veículos no Brasil aumentou em 400%. Esse quadro tem exigido uma nova postura por parte das prefeituras e da sociedade para a busca de soluções. A solução mais cabível é o investimento em transportes coletivos integrados, de qualidade e não poluentes, como primeiro passo para uma mobilidade urbana sustentável em todos os sentidos.
            O transporte coletivo envolve a instalação de veículos sobre trilhos, como trens, metrôs e bondes com nova tecnologia, além da melhoria dos ônibus, os tornando não poluentes. Sendo necessário integrar o transporte de uma cidade com ciclovia, elevadores de alta capacidade, e sistemas de bicicletas públicas.
            É necessário incentivar a população a utilizar o transporte coletivo e deixar o carro em casa, e respeitar o espaço do pedestre, também necessitado de calçadas mais confortáveis e seguras, protegidas por sinalização, sem buracos ou qualquer tipo de obstáculo.
            No Brasil, em janeiro de 2012, foi aprovada a PNMU (Política Nacional de Mobilidade Urbana) , um conjunto de medidas que prometem melhorias no transito das grandes cidades brasileiras. A Lei 12.587 passou 17 anos tramitando no Congresso Nacional, e visa ampliar os transportes públicos e não motorizados como meio de melhorar a mobilidade urbana.


terça-feira, 11 de março de 2014

RACISMO NO FUTEBOL

A 3 meses da Copa, racismo é mais um 'fantasma' no futebol brasileiro


As bananas colocadas no carro do árbitro Márcio Chagas da Silva, em Bento Gonçalves (RS), e os gritos de "macaco" ouvidos pelo volante santista Arouca, em Mogi Mirim (SP), trouxeram à tona e colocaram em pauta um problema ainda "oculto" no futebol brasileiro.
Até a última semana, o racismo no esporte mais popular do país era considerado uma questão abominável, mas exclusivamente "estrangeira". Agora, virou assunto nas mesas de bar, nos escritórios e também nas arquibancadas.
O país sempre lidou com o problema do ponto de vista de "vítima", pelos casos de ofensas racistas em campos europeus ou sul-americanos. De repente, o fantasma apareceu no quintal de casa.
A discussão sobre o que é "válido" ou não dizer em um estádio de futebol ganhou contornos ainda mais intensos após o clássico entre Corinthians e São Paulo, no último domingo, pelo Campeonato Paulista. Cânticos e palavras de ordem de caráter homofóbico sempre fizeram parte da trilha sonora dos duelos entre os times.
Mas a agressividade no Pacaembu fez com que muitos, nas redes sociais, levantassem a questão: afinal, há tanta diferença assim entre os gritos racistas e outros de natureza distinta, mas ainda assim preconceituosos?
Repúdio
Antes do jogo, uma faixa foi exibida no gramado com a mensagem "O Futebol Paulista repudia o racismo". Em outros lugares do Brasil, o mesmo aconteceu.
A menos de 100 dias da Copa do Mundo, o chamado "país do futebol" parece parar para pensar no que nunca havia pensado. Os estádios estão sendo palco de manifestações que ultrapassam o nível de aceitação popular.
Além dos constantes problemas de violência, os públicos reduzidos e a ameaça de greve por partes dos jogadores, agora o futebol brasileiro ganha um "fantasma" com o qual não esperava ter de lidar.
Os dois casos de racismo que ocorreram em território nacional expuseram só agora algo que é mais frequente do que se imagina.
Jogadores, técnicos ou árbitros negros ouvem constantemente ofensas racistas dentro de campo ou na ida ao vestiário, mas, ao contrário do que aconteceu na semana passada, os casos dificilmente tornam-se públicos.
"É frequente. Aqui no Rio Grande do Sul acontece sistematicamente, principalmente na região da serra", contou o árbitro Márcio Chagas à BBC Brasil.
Questionado sobre o motivo que levaria os árbitros ou jogadores a não relatarem as ofensas racistas que recebem, ele explicou: "As pessoas já veem isso com conformismo, acham que vai ser sempre assim. Mas eu sempre relato na súmula, não deixo passar batido."
Medo
Outro fator que ainda "cala" as vítimas de racismo no futebol brasileiro é o medo de sofrerem alguma retaliação. "As pessoas ficam com receio de ter represália, de não ser escalado mais e aí não se pronunciam", disse o juiz gaúcho.
Para o cientista social Marcel Diego Tonini, pesquisador da USP que tem trabalhos de mestrado e doutorado sobre o tema "negros no futebol", o fato de os negros conviverem com "piadas" e brincadeiras racistas desde crianças acaba levando-os a "se acostumar" com o problema.
"Os negros são desencorajados a enfrentar casos de racismo. Esse não foi o primeiro que o Arouca, por exemplo, deve ter sofrido na vida dele", explicou. "Todos esses pequenos episódios que aconteceram na trajetória dos negros no Brasil, as brincadeiras, os pequenos insultos, levam a pessoa a falar: 'não vai dar nada, então vou me calar'", acrescentou Tonini.
Márcio Chagas ouviu gritos de "macaco", "seu lugar é no circo" e "volta pra selva" quando entrou e saiu do campo para apitar a partida entre Esportivo e Veranópolis, pela 12ª rodada do Campeonato Gaúcho, na última quarta-feira. Na hora de deixar o estádio, ele encontrou as portas do seu carro amassadas e bananas colocadas no capô.
O árbitro, então, relatou tudo o que aconteceu na súmula, e a procuradoria já denunciou o Esportivo, clube mandante da partida, pelos insultos racistas. O caso será julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva nesta semana.
Já o episódio com o volante Arouca aconteceu após a goleada do Santos por 5 a 1 sobre o Mogi Mirim, no estádio Romildão, quando alguns torcedores passaram por ele na saída do gramado e o chamaram de "macaco". O estádio foi interditado e o caso também será julgado no Tribunal. O volante soltou um comunicado oficial no dia seguinte, dizendo-se orgulhoso de sua origem e cor.
Punição
Para o presidente da Federação Gaúcha, Francisco Noveletto, enquanto não houver uma punição severa para as atitudes racistas no futebol, elas continuarão sendo frequentes nos estádios brasileiros.
"Não é a primeira vez que a gente fica sabendo de casos assim, mas não fizeram relato oficial. Ouço de terceiros ou até das pessoas que sofreram, mas elas falam 'nem dei bola, são dois ou três abobados' e aí fica por isso mesmo", disse Noveletto à BBC Brasil.
"Teria de colocar uma punição específica no regulamento para dar mais força. Tem que tirar ponto, rebaixar, aí os caras vão pensar dez vezes antes de fazer uma coisa dessas. É só a CBF pôr no regulamento. Tem que vir de cima, presidente da Federação não pode fazer muita coisa", relatou.
Até agora, a CBF ainda não se manifestou oficialmente sobre os casos. Ao contrário do que fez em fevereiro, quando o meio-campista Tinga sofreu ofensas racistas jogando pelo Cruzeiro uma partida da Libertadores contra o Real Garcilaso, no Peru. Na ocasião, a entidade lançou rapidamente uma campanha pela rede social Instagram postando uma imagem do símbolo da seleção brasileira metade preto e a outra metade branca contendo a frase: "Brasil, somos iguais".
O país todo se revoltou diante do incidente no Peru. A torcida do Atlético Mineiro, arquirrival do Cruzeiro, chegou a cantar palavras de apoio a Tinga. Agora, com o problema escancarado no quintal de casa, parece haver um misto de desprezo e surpresa.
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, chegou a entrar em contato com as autoridades de São Paulo e do Rio Grande do Sul para pedir punições aos casos envolvendo Arouca e Márcio Chagas e repudiou as atitudes racistas dos torcedores. "A Justiça deve punir exemplarmente esse comportamento inaceitável. Não são torcedores, são criminosos", disse.
Para o cientista social Marcel Diego, os dois casos recentes seriam uma boa oportunidade para o Brasil dar o exemplo para o mundo na luta contra o racismo no futebol. Para ele, é o momento de o país acabar com o mito de ser uma "democracia racial" e tomar uma atitude efetiva para coibir as ofensas racistas nos estádios.
"A sociedade brasileira acha que isso é um problema estrangeiro, mas isso sempre aconteceu, no mínimo todo mês acontece. É um problema maior, social, mas, dentro da esfera esportiva, se o Brasil quiser se destacar do resto do mundo, tem que punir, não ficar só no discurso."